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Palestra Sobre Transtorno do Espectro Autista

Publicado: Segunda, 20 de Dezembro de 2021, 15h05 | Última atualização em Segunda, 20 de Dezembro de 2021, 15h21

Palestra Sobre Transtorno do Espectro Autista Proporciona Capacitação Importante no Âmbito de Inclusão no Campus

Nos dias 04/08/2021 e 16/11/2021 os servidores do IFSP do Campus de Caraguatatuba tiveram a oportunidade de agregar conhecimento e sanar dúvidas acerca do Transtorno do Espectro Autista, por meio de uma palestra ministrada pela Drª. Christiana Gonçalves Meira de Almeida. 

Imagem: Palestra virtual com a Drª. Christiana de Almeida.Imagem: Palestra virtual com a Drª. Christiana de Almeida.

Importância

Com a crescente atenção sobre temáticas que envolvem a inclusão social de pessoas que possuem limitações ou dificuldades de desenvolvimento dentro dos padrões excludentes criados e perpetuados pela sociedade, os fatores que levaram a isso estão sendo questionados e seriamente criticados.

O “autismo”, cujo nome técnico oficial é Transtorno do Espectro Autista, ou simplesmente “TEA”, faz parte de um grupo inserido nesse tema e sabe-se que, dentro de características individuais, é possível que as pessoas desse grupo ingressem instituições de ensino em seus diversos níveis de escolaridade com um desenvolvimento pleno dentro da proposta de educação inclusiva.

Para que essa experiência seja a melhor possível para todos os lados envolvidos no processo, é fundamental que a equipe de servidores esteja apta a agir diante de alguns pontos de atenção que podem variar muito. O fato de que o contato com essa realidade seja novidade para muitos profissionais, torna imprescindível a atuação de especialistas que podem fornecer conhecimentos fundamentais na identificação desses pontos de atenção e, principalmente, no “saber” como agir.

Conteúdo

A palestra ministrada pela Drª. Christiana Gonçalves Meira de Almeida teve como foco os problemas de comportamento, pois é como se isso fosse a ponta de uma ramificação, a qual possibilita “percorrer o caminho inverso” e chegar à “raiz” das questões comportamentais para agir em cima disso.

Inicialmente, antes de entrar no assunto propriamente dito, foi esclarecido as diferenças sobre os termos utilizados para se referir às pessoas que estão dentro do TEA, quais eram os termos comumente utilizados e que estão entrando em desuso, o que os sistemas de classificação defendem atualmente e em que são baseadas essas classificações. Existem pesquisas que já apontam fortemente que a origem do TEA é genética e que existem duas características principais que, geralmente, se manifestam podendo variar a intensidade, que são: déficit social e de comunicação; comportamento repetitivo e estereotipado.

Quando se pensa em problemas comportamentais, uma indagação pode vir à cabeça: existe algum comportamento específico do TEA? Embora existam padrões semelhantes, a resposta é muito complexa para dizer existe e talvez não seja interessante seguir por esse caminho pois o que motiva esses comportamentos varia muito de pessoa para pessoa. O primeiro exercício ao se deparar com um comportamento atípico é pensar se aquele comportamento afeta o próprio desenvolvimento da pessoa e/ou dos que estão compartilhando do mesmo ambiente, pois se esse não for o caso, não há necessidade de trabalhar em algo que não vai fazer diferença.

Quando o comportamento apresenta um potencial de problema, retoma-se a ideia de “percorrer o caminho inverso” e o ideal é analisar qual a contribuição que esse comportamento pode fornecer como informação útil. A Drª. Christiana ensinou dicas muito importantes de como se guiar nessa análise por meio de perguntas efetivas que não levam a respostas óbvias e sim a reflexões que podem deixar mais evidente o que é considerado como o “alimento” desse comportamento, para, então, poder trabalhar em cima dele com mais propriedade.

Dentro do componente curricular, que vai reger a forma como o objetivo de cada curso será atingido e como isso ocorrerá, essa gama de informações acaba demandando uma flexibilização ao mesmo tempo que fornece delimitações sobre como é possível contornar situações que podem ser desconfortáveis dentro do ambiente de ensino. Mas ainda assim, é uma tarefa que exige um núcleo de apoio e uma equipe multidisciplinar para se alcançar o sucesso.

A Drª. Christiana dispôs de um tempo generoso para sanar dúvidas, o qual foi muito bem utilizado e proveitoso. As informações da palestra foram fundamentadas em pesquisas científicas recomendadas, com suas referências disponibilizadas.

Por fim, o NAPNE juntamente ao IFSP – Caraguatatuba, agradece imensamente à excelente palestra, contribuição e ensinamentos da Drª. Christiana de Almeida, e a parabeniza pelo seu trabalho excepcional e muito necessário na sociedade.

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