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Inclusão educacional

NAPNE do campus participa do I Seminário Ufes de Inclusão no Ensino Superior

Publicado: Terça, 21 de Dezembro de 2021, 14h10 | Última atualização em Terça, 21 de Dezembro de 2021, 14h11

A servidora Beatriz de Barros Vianna Cardoso, membro do NAPNE, participou do evento certificado "I Seminário Ufes de Inclusão no Ensino Superior", realizado pela Universidade Federal do Espírito Santo.

O evento fez parte das comemorações de 10 anos do NAUFES,  Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Espírito Santo.  As oficinas contaram com a participação de intérpretes de libras e pessoas com deficiência. Todos os apresentadores iniciaram suas falas fazendo audiodescrição de si mesmos e do espaço em que estavam. #pracegover

Na oficina "Estratégias de acessibilidade no ensino superior para estudantes com deficiência física", ministrada pelas professoras Mariana Midori Sime e Renata Cerqueira do Nascimento Salvalaio (UFES), foram abordados os diversos tipos de barreiras à acessibilidade encontradas nas instituições de ensino. 

A professora Mariana destacou que as barreiras atitudinais, que são atitudes ou comportamentos que impedem ou prejudicam a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas (dentre elas o capacitismo) precisam ser reconhecidas e transpostas para que as barreiras físicas (urbanísticas, de transporte, de comunicação, informação e tecnológicas) também possam ser transpostas. Ressaltou que a primeira atitude para o processo de inclusão é considerar a presença dessas pessoas no espaço comum a todas as pessoas, que deve ser pensado para atender deficiências múltiplas: cognitivas, comportamentais, físicas e de comunicação.

A professora Renata Cerqueira do Nascimento Salvalaio (UFES) falou sobre os 3 pilares da acessibilidade arquitetônica: autonomia, conforto e segurança, ressaltando que eles não se resumem ao cumprimento das normas da NBR 9050 ou do Decreto 5.296/2004. Afirmou também que a acessibilidade arquitetônica nas instituições de ensino superior vem de um processo histórico de exclusão, pois até a criação da LDB (Lei de Diretrizes  Básicas da Educação) em 1996, as pessoas com deficiência não tinham seu acesso garantido à educação básica. A professora afirmou que o fortalecimento de núcleos como o NAPNE tem sido primordiais para o avanço das adaptações arquitetônicas nos campi a fim de torná-los acessíveis. Destacou também a importância da inclusão de disciplinas específicas sobre acessibilidade no currículo de cursos na área de construção civil. 

A oficina terminou com a participação da aluna e mediadora, Vitória Reis Gonçalves, que tem paralisia cerebral, expondo suas percepções sobre o ambiente na universidade.

As palestras e oficinas foram transmitidas pelo canal do Youtube do NAUFES - Núcleo Acessibilidade da Universidade Federal do Espírito Santo e estão disponíveis no link: https://www.youtube.com/playlist?list=PLpctlMQag-MwrjkwRb_jaQy0sG3Rh-hvO

Os diálogos sobre acessibilidade e inclusão são necessários já que pessoas com deficiência estão cada vez mais presentes em todos os espaços públicos. Fica a certeza de que acessibilidade é compromisso de todos e todas nós.

Texto: Beatriz de Barros Vianna Cardoso

 

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