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Atividade Cultural

Evento cultural abordou a luta da professora Lola Aronovich contra a misoginia

Publicado: Quarta, 19 de Junho de 2019, 13h56 | Última atualização em Quarta, 19 de Junho de 2019, 14h05

No dia 17 de junho de 2019, segunda-feira, entre 20h40 e 20h55, no intervalo das aulas do período noturno, no pátio em frente à lanchonete do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), ocorreu a exibição de dois vídeos de curta duração sobre a luta da professora Dolores Aronovich Aguero contra a misoginia e o machismo, exibição esta que foi seguida por algumas reflexões sobre seu conteúdo; Lola, como a professora Dolores é mais conhecida, é docente da Universidade Federal do Ceará – UFC.

 

Foto: Ricardo, Vinicius, Nicoli, Larissa, Rafael e André, pouco antes da exibição dos dois vídeos

 

Este evento cultural (um “Flashmob” ou “Mobilização Rápida”) faz parte do rol de ações dos projetos de extensão “Apresentações Científicas e Culturais” e “Cinedebate” coordenados pelo Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira (docente do IFSP-Caraguatatuba) e para a sua organização contou com o apoio de diversos bolsistas de extensão e de iniciação científica, bem como de estudantes voluntários, tais como: André da Silva Mendes (bolsista do projeto “Apresentações Científicas e Culturais”), Vinicius Amaral Sousa Abrahão (bolsista do projeto “Cinedebate”), Kaua Estevam Cardoso de Freitas, Ryan Nepomuceno Montemor, Larissa Comodaro Nunes Sant’Ana, Rafael Brock Domingos e Nicoli Rocha Santos.

 

Foto: Público assiste o vídeo “Lute, Lola, Lute” do canal Meteoro Brasil do YouTube

 

Os professores Ricardo Plaza, Nelson Alves Pinto e Ana Maria Stabelini participaram da organização deste flashmob, que teve como objetivo alertar para preconceitos e violências contra mulheres em diversas situações da vida cotidiana.

 

Foto: Professores Ricardo Plaza, Ana Maria Stabelini e Nelson Alves Pinto

 

O primeiro vídeo que foi apresentado (com duração de cerca de 11 minutos) foi “Lute, Lola, Lute” produzido pelo canal “Meteoro Brasil” do YouTube que está disponível para ser assistido aqui e que aborda como Lola foi alvo de manifestações misóginas devido à sua atuação em defesa de causas relacionadas aos direitos das mulheres e à luta feminista. Misoginia significa ódio às mulheres e ao feminino. Antes da apresentação, o professor Ricardo Plaza fez menção à excelente qualidade – tanto em termos do conteúdo, quanto no que diz respeito à forma de abordagem dos temas selecionados – dos vídeos produzidos pelo canal “Meteoro Brasil” do YouTube.

Em seguida, foi apresentado um vídeo de curta duração (1 minuto e meio) que a pedido do professor Nelson Alves Pinto, a professora Lola Aronovich gravou para este evento e que está disponível com o título “Luta contra o machismo a e misoginia: Profa. Lola, UFC” para ser assistido no site do canal “Educação Científica IFSP-Caraguatatuba” do YouTube aqui. O canal “Educação Científica IFSP-Caraguatatuba” do YouTube é mantido pela equipe de bolsistas orientados pelo professor Ricardo Plaza com o objetivo de colaborar na divulgação das ações de extensão, pesquisa e ensino realizadas.

Após a exibição dos dois vídeos, o professor Nelson Alves Pinto relatou aos presentes como, há cerca de uma década, conheceu a história das lutas da professora Lola, quando teve acesso ao seu blog na internet, denominado “Escreva Lola escreva” (disponível para ser acessado aqui). Em particular ele citou a repercussão do massacre do Realengo, ocorrido em 2011, no qual um ex-aluno entrou na escola municipal onde estudou no Rio de Janeiro e matou 12 crianças, sendo que 10 delas eram meninas, um crime de ódio ou feminicídio. Mais informações sobre este fato podem ser encontradas no próprio blog da professora Lola, no artigo denominado “Realengo e prisão dos sanctos. E não se fala em misoginia” disponível para ser lido aqui.

 

Foto: Professor Nelson aborda a história da professora Lola

 

Em seguida, a professora Ana Maria Stabelini realizou uma reflexão acerca das diferenças existentes entre o machismo e a misoginia; ela destacou a importância da educação e das políticas públicas para combater tanto o machismo, quanto a misoginia. Resumidamente, o machismo procura enaltecer o sexo masculino sobre o feminino, por meio de comportamentos e opiniões que declaram a desigualdade de direitos entre os dois e julgam a mulher como inferior ao homem. Já a misoginia significa ódio à mulher e é diferente do machismo por envolver um forte conteúdo emocional de repulsa e aversão que pode redundar em violência física e agressão contra mulheres. Dois artigos escritos pela professora Lola Aronovich em seu blog são úteis para esclarecer um pouco mais a este respeito. O primeiro artigo intitulado “Misoginia, machismo. E Rihanna espancada por Chris Brown” pode ser lido aqui. O segundo artigo intitulado “Por que usar o termo machismo e não sexismo?” que pode ser lido aqui.

 

Foto: Professora Ana Maria explica a diferença entre machismo e misoginia

 

A montagem dos equipamentos no pátio para a exibição destes vídeos ocorreu graças ao apoio dado pela equipe da CTI (Coordenadoria de Tecnologia da Informação), em especial do servidor técnico-administrativo Thyago Nicollas dos Santos Lima, a quem os organizadores deste evento cultural agradecem muito.

 

Foto: Ricardo e Thyago

 

Atividades que provoquem um debate acerca de temas relacionados a questões históricas, sociais, culturais, artísticas, educacionais e científicas, como essa, são regularmente organizadas pela equipe de estudantes orientados pelo professor Ricardo Plaza, no âmbito dos projetos de extensão “Cinedebate” e “Apresentações Científicas e Culturais”. Seu objetivo principal é realizar reflexões críticas sobre ciência e história, de modo a ampliar o repertório cultural e estimular os jovens para que valorizem o conhecimento acadêmico produzido tanto pelas ciências naturais, quanto pelas ciências humanas ao longo da história da civilização. Todas estas atividades são gratuitas e abertas para quaisquer interessados, tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP; não é necessário fazer inscrição prévia. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza, para juntos organizarem os detalhes.

Fonte: Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira

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