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ENGENHARIA - VISITA À ELETRONUCLEAR

Estudantes de Engenharia Civil do IFSP Visitam Usinas Nucleares de Angra dos Reis

Publicado: Quarta, 11 de Dezembro de 2024, 16h38 | Última atualização em Quarta, 11 de Dezembro de 2024, 16h38

No dia 2 de dezembro, os alunos do curso de Engenharia Civil e do Técnico em Edificações do campus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), acompanhada com os professores: Adriano R. Barbosa, Francisco Fabbro Neto, Izabella S. Storch, Roberto Moraes, Elaine Barreto e a técnica de Laboratório Julia Barale, realizaram uma visita técnica às usinas nucleares de Angra dos Reis, localizadas no litoral do estado do Rio de Janeiro.

Imagem 01 - Alunos Reunidos no Observatório - Fonte: Annelise  BrunerImagem 01 - Alunos Reunidos no Observatório - Fonte: Annelise Bruner

A experiência teve início com a exibição de vídeos informativos que abordaram a segurança da visita, os diferentes tipos de energia renovável utilizados no Brasil e o funcionamento da energia nuclear.

Como Funciona a Geração de Energia Nuclear

A energia nuclear é produzida a partir da fissão do urânio enriquecido, que gera calor e aquece a água de um circuito fechado. Esse calor cria vapor que movimenta turbinas acopladas a geradores, convertendo energia mecânica em elétrica. O processo ocorre em ambientes altamente controlados, com sistemas de contenção que minimizam os riscos de vazamentos ou acidentes.

Produção de Energia em Angra

Atualmente, as usinas de Angra I e Angra II produzem cerca de 2 mil megawatts-hora (MWh), utilizando uma área de apenas 1 km². Essa capacidade representa aproximadamente um terço da demanda de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro. Com a conclusão de Angra III, prevista para 2033, estima-se que a produção total alcance 3 mil MWh.
As usinas estão estrategicamente posicionadas para facilitar o fornecimento de energia aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, a presença de montanhas ao redor atua como uma barreira natural para conter possíveis nuvens radioativas em caso de incidentes.

Imagem 02 – Alunos e professores no interior da usina - Fonte: Annelise BrunerImagem 02 – Alunos e professores no interior da usina - Fonte: Annelise Bruner

Segurança e Impacto Ambiental

Imagem 03 - Alunos e professores seguindo as normas passadas - Fonte: Annelise BrunerImagem 03 - Alunos e professores seguindo as normas passadas - Fonte: Annelise Bruner

As usinas nucleares de Angra possuem protocolos rigorosos para contenção de vazamentos e para o gerenciamento de resíduos radioativos, que permanecem armazenados no local até que sua radiação atinja níveis seguros. A água do mar não é utilizada diretamente no processo de geração de energia; sua única função é resfriar a água do circuito fechado, que se transforma em vapor para movimentar as turbinas. Importante destacar que essas águas circulam em sistemas separados e não entram em contato entre si. O maior impacto ambiental relatado é o aumento da temperatura na Praia do Laboratório, controlado e fiscalizado pelo IBAMA.

Por mais que seja uma energia que dependa do urânio para a produção, o Brasil possui um rico estoque deste recurso, explorado principalmente no estado da Bahia.
Entre os principais benefícios da energia nuclear estão a alta eficiência energética, a baixa emissão de gases de efeito estufa e a ocupação de pequenas áreas para a geração de energia. Isso torna essa fonte uma alternativa viável para complementar as demais matrizes energéticas do país.

Iniciativas Ambientais

Durante a visita, os estudantes também conheceram iniciativas de preservação ambiental, como o projeto Tartarugas Vivas, que promove a recuperação de tartarugas marinhas, e os Centros de Recuperação de Animais Silvestres (CRAES), que cuidam de fauna local impactada.

Exploração das Instalações

A visita incluiu as instalações de Angra I, a primeira usina nuclear brasileira, que utiliza tecnologia norte-americana. Os estudantes puderam observar o centro de comando, com equipamentos analógicos da década de 1980, a sala de prevenção de acidentes e o gerador de energia.

Posteriormente, foi realizada uma visita ao simulador de Angra II, enquanto a usina, que utiliza tecnologia alemã, estava em manutenção para troca de material de fissão, um procedimento periódico realizado a cada 14 meses. Por fim, foram apresentadas informações sobre Angra III, que também contará com tecnologia alemã e deverá entrar em operação em 2033.

Imagem 04 - Alunos e professores nos sala dos simuladores - Fonte: Annelise BrunerImagem 04 - Alunos e professores nos sala dos simuladores - Fonte: Annelise Bruner

Encerramento

A experiência foi enriquecedora para os alunos, que puderam compreender mais sobre o funcionamento e a relevância das usinas nucleares no Brasil, além de aprender sobre segurança, tecnologia e iniciativas sustentáveis. Essa visita reafirma o compromisso do IFSP em proporcionar uma formação prática e atualizada aos seus estudantes.

Imagem 05 - Professores e Técnica que acompanharam a visita - Fonte: Annelise BrunerImagem 05 - Professores e Técnica que acompanharam a visita - Fonte: Annelise Bruner

 

Fonte: Annelise Melfi de Andrade Zorzi Bruner - Aluna do 10º semestre de Engenharia Civil.
Revisão: Prof.ª Elaine Regina Barreto

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