Estudantes de Licenciatura em Matemática apresentam experimentos sobre eletromagnetismo
No dia 20 de maio de 2016, a partir das 09:00 da manhã, no Laboratório de Ciências Naturais (Sala 106), estudantes do curso de Licenciatura em Matemática do Câmpus Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), apresentaram experiências de física de baixo custo da área de eletromagnetismo que eles elaboraram e construíram como propostas didáticas para serem utilizadas com turmas de Ensino Médio. As atividades fizeram parte da avaliação que o Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira realizou na disciplina “Interface da Matemática com a Física 3”, ministrada por ele atualmente neste curso. Os alunos, que na sua maioria pertencem à turma do sétimo semestre do curso de Licenciatura em Matemática, estão nesta disciplina estudando os conceitos centrais do eletromagnetismo, e esta atividade teve como objetivo incentivá-los a procurar as inter-relações entre a teoria matemática e a prática experimental no estudo da Física.
Professor Ricardo com seus alunos da disciplina “Interface da Matemática com a Física 3”
No início das atividades experimentais de demonstração, os licenciandos Marta Alves de Lima Moura, Jessica Mariana Mendonça das Neves e Leandro Carvalho Julio apresentaram atividades experimentais relacionadas a dois fenômenos: a “máquina de produzir choques” e a levitação magnética.
Jessica, Leandro e Marta com experimento de levitação eletromagnética
Em suas apresentações eles procuraram enfatizar a explicação científica a respeito do que está ocorrendo microscopicamente quando algo está sendo eletrizado por atrito, por exemplo, ao esfregar uma bexiga com o cabelo de uma pessoa.
Marta eletrizando uma bexiga pelo atrito com seu cabelo
Na sequência, os licenciandos Marcio Oliveira de Morais Junior, Vinicius Bispo dos Santos e Brenno Poyares Torrents de Goes Telles, apresentaram seu experimento na construção de uma garrafa de Leyden que pode armazenar carga elétrica; durante as demonstrações práticas efetuadas, eles explanaram a respeito dos três métodos de eletrização envolvidos: por atrito, por contato e por indução.
Brenno, Vinicius e Marcio apresentam uma garrafa de Leyden
Em seguida, as licenciandas Adriana de Andrade e Cintia Ribeiro de Jesus, apresentaram um modelo simples de motor elétrico utilizando apenas uma pilha, um imã (de HD) e fios elétricos. Após a demonstração que fez com que o motor começasse a girar, elas deram ênfase para os conceitos e as leis do eletromagnetismo que estão por trás do funcionamento deste motor. Para a compreensão plena deste fenômeno é importante entender como a eletricidade (propiciada pela pilha e pelos fios) se relaciona com o magnetismo (propiciado pelo imã) de modo a produzir movimento a partir desta inter-relação.
Cintia e Adriana apresentam um motor elétrico simples com fios, uma pilha e um imã
Por último, a licencianda Elizabete Lins da Silva apresentou a reprodução do experimento realizado pelo dinamarquês Oersted no século XIX, uma importante experiência da história da física que de modo definitivo estabeleceu pela primeira vez a existência de vínculos entre a eletricidade e o magnetismo. Basicamente Oersted percebeu que a aproximação de um fio com corrente elétrica de uma bússola provocava a rotação da agulha imantada, indicando que o fio com corrente elétrica produz efeitos magnéticos ao seu redor.
Elisabete apresenta o experimento de Oersted
Estas atividades educacionais pretendem tornar público o esforço por aproximar a ciência das pessoas comuns, tornando mais acessível aos cidadãos o conhecimento científico produzido pela humanidade. Portanto o principal objetivo destas ações foi salientar o caráter experimental da Física, de modo a estimular nos futuros professores a iniciativa de sempre que for possível realizar demonstrações experimentais dos conceitos trabalhados em sala de aula, pois mesmo na ausência de laboratórios científicos plenamente estruturados, na maioria das vezes, com materiais de baixo custo é possível realizar experiências que terão grande valor educacional para a formação dos alunos, de modo que eles possam compreender melhor a explicação científica dos fenômenos que os cercam.
Redes Sociais