Cinedebate no IFSP-Caraguatatuba discutiu o filme senegalês “O barco da esperança”

No dia 29 de maio de 2017, segunda-feira, entre 19h00 e 21h30, ocorreu uma nova sessão de cinedebate no auditório do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com a exibição e discussão do filme senegalês “O barco da esperança”. Esta atividade faz parte do rol de ações do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” coordenado pelo Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira e para a sua organização contou com o apoio de seus bolsistas deste programa de extensão (Kauã Estevam Cardoso de Freitas, Rodrigo Henrique Revelete Godoy, Julia Cristina Barbosa Lucoveis, Thiffany Souza do Nascimento, Juliana Caroline da Silva Sousa, Diego Corrêa Peres de Souza, Rafael Honório Morais de Oliveira e Rafael do Nascimento Sorensen), bem como de seus bolsistas de iniciação científica (João Pereira Neto, Adriana de Andrade, Rafael Brock Domingos e Izabela Duarte).

Bolsistas que organizaram este cinedebate junto com professor Ricardo Plaza

Esta atividade também fez parte das atividades do projeto de extensão “Touba” coordenado pela Profa. Dra. Maria do Carmo Cataldi Muterle e em cuja equipe faz parte também a Profa. Ticiana Couto Roquejani; as bolsistas Aline da Silva de Oliveira e Sabrina Fogaça de Almeida, orientadas pela professora Maria do Carmo, também participaram ativamente deste cinedebate. O projeto Touba preocupa-se com a integração cultural e a inserção social e econômica de 25 refugiados senegaleses que residem atualmente no litoral norte de São Paulo.

Esta atividade também fez parte das atividades do projeto de extensão “Touba” coordenado pela Profa. Dra. Maria do Carmo Cataldi Muterle e em cuja equipe faz parte também a Profa. Ticiana Couto Roquejani; as bolsistas Aline da Silva de Oliveira e Sabrina Fogaça de Almeida, orientadas pela professora Maria do Carmo, também participaram ativamente deste cinedebate. O projeto Touba preocupa-se com a integração cultural e a inserção social e econômica de 25 refugiados senegaleses que residem atualmente no litoral norte de São Paulo.

Estiveram presentes também na exibição e no debate que se seguiu, a Profa. Dra. Regina Aparecida Berardi Osório e a Profa. Teresinha de Oliveira Marciano Costa, que é presidente da ONG Zambô.

Professoras Teresinha e Regina participam do debate após a exibição do filme

O público desta atividade foi composto por vários dos imigrantes senegaleses que atualmente estão vivendo no litoral norte paulista, bem como por outros cidadãos do público externo ao IFSP e por estudantes de diversos cursos do próprio IFSP-Caraguatatuba, tais como Tecnologia em Processos Gerenciais, Licenciatura em Matemática e Técnico em Edificações, que estiveram acompanhados pela professora Elaine Regina Barreto, que também é a coordenadora de extensão do IFSP-Caraguatatuba.

Professores Elaine Barreto e Ricardo Plaza

O objetivo desta atividade foi trabalhar com um filme de origem africana de modo a ampliar o repertório cultural dos presentes e discutir temas que normalmente não são debatidos, tais como as dificuldades enfrentadas por imigrantes que na busca por um futuro melhor, passam por muitos riscos ao tentarem emigrar para outros países.

Público presente ao cinedebate

O filme “O barco da esperança” (título original em francês: “La pirogue”), de origem senegalesa, foi dirigido por Moussa Touré e lançado no ano de 2012. Em sua trama, ele narra a história de cerca de 30 senegaleses que, por meio de um barco de pesca (uma piroga), tentam navegar pelo oceano Atlântico ao longo da costa da África com o objetivo de emigrarem para a Espanha. Mais informações (em inglês) sobre este filme podem ser obtidas na base de dados do site do IMDB: <http://www.imdb.com/title/tt2369023/?ref_=nv_sr_1>. Seu trailer pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=TYPBGPFYR18>.  O filme nos créditos finais informa que entre os anos de 2005 e 2010, mais de 30 mil africanos do oeste tentaram emigrar para a Europa, atravessando o oceano Atlântico, em barcos muitas vezes precários: cerca de 5 mil deles morreram nesta tentativa!

Bamba e Becaye

O debate após a exibição se prolongou por quase uma hora, e vários dos presentes afirmaram que se emocionaram profundamente com a história que foi contada pelo filme. Os cidadãos senegaleses Bamba e Becaye que atualmente vivem no Brasil, explicaram aos presentes várias das cenas que aparecem ao longo da história, sobretudo no caso daquelas que se referem a especificidades da cultura senegalesa.

Público presente se confraterniza com senegaleses após o cinedebate

O estudante João Pereira Neto, após a exibição, lembrou que antes de serem imigrantes ou refugiados, as pessoas retratadas neste e em outros filmes são seres humanos iguais em direitos e com as mesmas necessidades que todos os outros seres humanos que existem no planeta. Durante o debate, foi lembrada também a profunda contradição do processo de globalização pelo qual passamos: por um lado as mercadorias e o dinheiro (capital) tem livre circulação por todo o planeta, mas por outro lado o mesmo não acontece com os seres humanos que não podem circular livremente, em busca de melhores condições de vida, por que as fronteiras continuam valendo para quem tenta imigrar.

Como, previamente, não foi encontrada legenda em português para este filme (que é falado principalmente em francês, mas também em outras línguas existentes no Senegal), a equipe do programa Cinedebate criou as legendas em português para esta exibição (em um trabalho que exigiu grande dedicação) e disponibilizou “O barco da esperança (legendado)” na internet, para os interessados que não puderam estar presentes para assisti-lo.

Professores Ricardo Plaza e Maria do Carmo Muterle

As sessões de cinedebates são regularmente organizadas por bolsistas de iniciação científica e de extensão orientados pelo professor Ricardo Plaza, no âmbito do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural”. Seu objetivo principal é realizar reflexões críticas sobre história, ciência e cultura, envolvendo filmes e documentários selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório cultural e cinematográfico por parte dos alunos e do público em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados, tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza, para juntos organizarem os detalhes.