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Cinedebate no IFSP-Caraguatatuba discutiu o filme “Pink Floyd – The Wall”

Publicado: Segunda, 24 de Abril de 2017, 09h37 | Última atualização em Segunda, 24 de Abril de 2017, 09h37

No dia 18 de abril de 2017, terça-feira, entre 17h00 e 19h00, ocorreu uma nova sessão de cinedebate no auditório do Câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com a exibição – seguida pela posterior discussão – do filme “Pink Floyd – The Wall”. Esta atividade faz parte do rol de ações do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural” coordenado pelo Prof. Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira e para a sua organização contou com o apoio de seus bolsistas deste programa de extensão (Kauã Estevam Cardoso de Freitas, Rodrigo Henrique Revelete Godoy, Julia Cristina Barbosa Lucoveis, Thiffany Souza do Nascimento, Juliana Caroline da Silva Sousa, Diego Corrêa Peres de Souza, Fabio dos Santos Pereira e Rafael Honório Morais de Oliveira), bem como de seus bolsistas de iniciação científica (João Pereira Neto, Rafael Brock Domingos e Adriana de Andrade). Este cinedebate contou também com o apoio de estudantes voluntários que colaboram com este programa de extensão (Izabela Duarte, Bárbara Gomes Tosta, João Vitor Ramos Carneiro e Ione Pereira dos Santos). Antes da apresentação do filme propriamente dito, o público foi recebido por uma versão bem diferente da música “Another brick in the wall”, produzida por um grupo musical do Azerbaijão: <https://www.youtube.com/watch?v=dfFKLV4i0QQ>.

Professor Ricardo juntamente com bolsistas que organizaram este cinedebateProfessor Ricardo juntamente com bolsistas que organizaram este cinedebate

O filme “Pink Floyd – The Wall”, dirigido pelo cineasta britânico Alan Parker, foi lançado em 1982 e teve como base o disco “The Wall” da banda Pink Floyd (que junto com o disco “The dark side of the moon” são os dois álbuns mais populares desta banda de rock). O seu trailer pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=PEQEgpyrQ3Q>. O roteiro desta película foi escrito pelo vocalista e baixista da banda, Roger Waters. Basicamente o protagonista principal da trama é o roqueiro Pink (interpretado pelo músico e ator Bob Geldof), cujo pai morreu no final da Segunda Guerra Mundial e que tem um comportamento depressivo que é abordado ao longo do filme. Outras informações valiosas e análises (em inglês) sobre o filme “Pink Floyd – The Wall” podem ser obtidas no link do “Internet Movie Database” (IMDB): <http://www.imdb.com/title/tt0084503/?ref_=fn_al_tt_1>.

Esta obra cinematográfica é antológica e três décadas e meia após o seu lançamento continua extremamente atual e apresenta muita vitalidade pelos temas contemporâneos que discute: a desumanização, o vazio existencial da sociedade de consumo, a guerra, a escola como instituição que oprime ao invés de emancipar, a gestação do fascismo no dia-a-dia das sociedades capitalistas. A educação e o papel da escola e dos professores são especialmente analisados em um trecho deste filme que se tornou muito conhecido: <https://www.youtube.com/watch?v=vrC8i7qyZ2w>.

Debate após a exibição do filmeDebate após a exibição do filme

O público presente após a exibição do filme discutiu a respeito de suas diversas características. O Prof. Dr. Alex Lino, docente de física, ressaltou alguns pontos sobre a história da elaboração deste filme, lembrando que ele estreou no cinema em 1982, mas que o álbum “The Wall” foi produzido três anos antes, em 1979. Já a Profa. Dra. Regina Aparecida Berardi Osório refletiu a respeito da crítica existente no filme a respeito do papel da educação na vida dos jovens no mundo atual e de escolas que apenas reproduzem uma forma de ensino repressora e industrializada; a este respeito é interessante assistir um trecho de um concerto em que a música “Another brick in the wall” é interpretada tendo ao fundo imagens da história da humanidade e, em particular, da evolução histórica dos processos de ensino e de aprendizagem, desde a Grécia antiga até a atualidade: <https://www.youtube.com/watch?v=cRsU0XMpb0M>. O estudante João Pereira Neto, por sua vez, ressaltou o caráter “barroco” do filme, pela vastidão de estímulos visuais e sonoros existentes; salientou também as sequências de animações belíssimas existentes ao longo desta obra que tem poucos diálogos, mas muitas cenas que permitem a construção de metáforas poderosas, como a dos muros reais ou imaginários que são construídos de modo a separar e isolar as pessoas.

Professores Regina, Alex e Ricardo, após o cinedebateProfessores Regina, Alex e Ricardo, após o cinedebate

Uma curiosidade relacionada ao Pink Floyd é que recentemente pesquisadores da Universidade de Oxford (no Reino Unido), da Universidade Federal de Goiás (no Brasil) e da Universidade de Seattle (nos Estados Unidos) descobriram uma nova espécie de “camarão-pistola”, que caça usando um grito – uma “bolha de ar de ataque sônico” de mais de 200 decibéis. O nome científico oficial deste camarão é Synalpheus pinkfloydi (uma homenagem à banda favorita de um dos autores do artigo que descreve a nova espécie) que faz justiça ao nome, já que emite um som com muitos decibéis acima do que é registrado em apresentações de grupos de rock, como o grupo Pink Floyd. O batizado foi registrado em artigo na revista científica Zootaxa: <http://www.mapress.com/j/zt/article/view/zootaxa.4254.1.7>.

As sessões de cinedebates são regularmente organizadas por bolsistas de iniciação científica e de extensão orientados pelo professor Ricardo Plaza, no âmbito do programa de extensão “Cinedebate e atividades de educação científica e cultural”. Seu objetivo principal é realizar reflexões críticas sobre história, ciência e cultura, envolvendo filmes e documentários selecionados com este propósito, bem como ampliar o repertório cultural e cinematográfico por parte dos alunos e do público em geral. Todas as sessões de cinedebates são gratuitas e abertas para quaisquer interessados, tanto da comunidade interna, quanto da comunidade externa ao IFSP. Professores e gestores de escolas públicas que pretendem que alunos de suas escolas participem de atividades deste gênero podem procurar o professor Ricardo Plaza, para juntos organizarem os detalhes.

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