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Alunos do curso Técnico em Edificações recebem treinamento de primeiros socorros em acidentes na construção civil

Publicado: Sábado, 10 de Setembro de 2016, 07h53 | Última atualização em Sábado, 10 de Setembro de 2016, 07h53

Entre os dias 31 de agosto e 02 de setembro de 2016 os alunos do 1º, 2º e 3º módulos do curso Técnico em Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Caraguatatuba, participaram de treinamentos de primeiros socorros em acidentes na construção civil. Os alunos vivenciaram todos os procedimentos de segurança e puderam conhecer detalhadamente cada equipamento de proteção individual utilizados na construção civil e suas funções.

As palestras foram ministradas pela empresa ANGEL SST - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Primeiramente foram apresentadas algumas noções de segurança no trabalho nas edificações e de trabalhos em altura (NR 35). As palestras foram proferidas pela Técnica em Saúde e Segurança no Trabalho Angela Flores e pelo instrutor de trabalho em altura e espaço confinado Jeferson Nascimento.

A empresa Angel SST realiza treinamento e consultoria na área da saúde e segurança do trabalho há quase uma década no Estado de São Paulo. Os treinamentos são todos de acordo com as normas regulamentadoras (NRs). A empresa também ministra cursos de RTVA (Resgate Técnico Vertical Avançado) e APH Primeiros Socorros Avançados, treinamento para supervisores de altura e trabalhos em espaço confinado.

Em um primeiro momento, os treinamentos também visaram apresentar de um modo geral os principais equipamentos de proteção individual (EPI), que podem ser apresentados como: proteção auditiva, proteção respiratória, proteção visual e facial, proteção da cabeça, proteção de mãos e braços, proteção de pernas e pés. E outros alguns exemplos de equipamentos de proteção coletiva.

Posteriormente, os alunos receberam noções de supervisão de trabalho em altura, de acordo com o NR 35. Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. As noções visaram apresentar os principais riscos inerentes aos trabalhos em altura, e os principais materiais e equipamentos.

Os professores do curso Técnico em Edificações, responsáveis pelas disciplinas práticas de construção civil, Samir Fagury, Antonio Valter de Mendonça, Elaine Barreto e Ana Paula Paiva, orientam os alunos sobre a importância e a obrigatoriedade do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante as aulas práticas, como luvas, óculos, etc. Sendo estes itens obrigatórios na participação das aulas práticas, tanto no Laboratório de Construção Civil, quanto nos canteiros de obras do câmpus.

O professor Samir Fagury cita que os trabalhos em altura requerem cuidados extremos por parte de quem coloca sua vida em risco diariamente como, por exemplo, profissionais que trabalham em andaimes e balancins de fachadas ou os que sobem em postes para fazer a manutenção da rede elétrica. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 40% dos acidentes de trabalho no Brasil estão relacionados a quedas de trabalhadores em altura.

Na principal parte do treinamento os alunos receberam informações teóricas e práticas sobre primeiros socorros em acidentes na construção civil e acidentes de um modo geral. A equipe de técnicos em Segurança realizou simulações sobre procedimentos de salvamento em situações de queda, parada cardiorrespiratória, asfixia por interrupção de vias aéreas, e outras situações de risco à vida.

Os alunos foram treinados a executar a manobra de Heimlich, tida como o melhor método emergencial de desobstrução das vias aéreas superiores por um corpo estranho, induz uma tosse artificial, que vai expelir o objeto da traqueia da vítima. Neste caso, uma pessoa sozinha consegue realizar a técnica correta e desobstruir a via aérea, posicionando suas mãos na região abdominal e exercendo uma pressão sobre o final do diafragma, comprimindo indiretamente a base dos pulmões e expelindo assim, o objeto causador da obstrução. 

Outra importante manobra de salvamento é a Reanimação Cardiopulmonar (RCP) ou Reanimação Cardiorrespiratória (RCR), que é um conjunto de manobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sangue de uma pessoa para (parada cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar em necrose, pondo em risco direto a vida da pessoa. A asfixia pode ser acompanhada de parada cardíaca. Nesses casos graves, deve-se tentar reanimar os batimentos cardíacos por meio de um estímulo exterior, de natureza mecânica, fácil de ser aplicado por qualquer pessoa treinada para tanto. A parada cardíaca é de fácil reconhecimento, devido a alguns sinais clínicos, tais como: inconsciência, ausência de batimentos cardíacos, parada respiratória, extremidades arroxeadas, palidez intensa, dilatação das pupilas.

Nesse caso os alunos foram alertados para realizarem o chamado de equipe especializada em salvamento, e em seguida iniciar a massagem cardíaca. A qual não deve ser interrompida até a chegada do médico.  Trata-se da compressão ritmada do tórax do paciente, na altura do coração, por efeito de pressão mecânica.  

Sendo estes os procedimentos: colocar a vítima deitada de costas sobre a superfície dura em decúbito dorsal; colocar as mãos sobrepostas na metade inferior do esterno com os braços estendidos; os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax, faça a seguir uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno cerca de 5 cm, comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral, descomprima em seguida. Caso não exista máscara para insuflações tipo boca a boca, o socorrista deverá apenas realizar a massagens em 120 ciclos por minuto até a equipe especializada em salvamento chegar.

Segundo o médico Sérgio Timerman, médico do Incor (Instituto do Coração de São Paulo), que dirige o Departamento de Treinamento e Pesquisa em Reanimação, até pouco tempo, parada cardíaca era sinônimo de morte. Não mais do que 2% das pessoas sobreviviam. Hoje, números mundiais mostram que se alcançam acima de 70% de sobrevida se quem estiver por perto souber prestar os primeiros socorros. Existem técnicas simples e eficazes de avaliação e atendimento e equipamentos idealizados para que os leigos possam manuseá-los sem maiores dificuldades.

A professora Silvete Mari Soares, coordenadora do curso Técnico em Edificações, alerta para o fato de que muitos profissionais acabam negligenciando requisitos básicos de segurança em trabalhos em altura por desconhecimento de normas regulamentadoras; e reforça dizendo que, no curso Técnico em Edificações do Câmpus Caraguatatuba, além de existir na grade curricular uma disciplina específica sobre Segurança no Trabalho, com frequências os professores trazem profissionais do mercado da construção civil para apresentar experiências profissionais para os nossos alunos.

A empresa Angel SST informou que também ministra treinamentos em diversos segmentos além da construção civil.

Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (12) 991410208.

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